Desde o início da pandemia do coronavírus, há indícios de que esse agente infeccioso é um pouco mais agressivo para os homens. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 63% das mortes na Europa ocorreram entre o sexo masculino.
Cerca de 200 estudos citam o sexo como um dos fatores envolvidos na evolução da doença. E talvez seja mesmo, mas é preciso saber se é por uma questão orgânica ou comportamental. Diante dessa situação, vamos ver alguns fatores que mostram como o sexo masculino pode estar envolvido ou não com essas afirmações.
Homens cuidam menos da saúde
“Eles são mais reticentes no autocuidado, além de fumarem e beberem mais. Também têm mais doenças crônicas como diabetes e hipertensão e aderem menos ao tratamento delas”, explica um médico urologista.
Realmente, essa combinação acaba tornando os homens mais suscetíveis a versões graves de infecções, principalmente as de magnitude respiratória. Uma hora temos um organismo debilitado por uma condição de saúde descompensada e em outra um estilo de vida ruim teria mais dificuldade para responder a uma ameaça como o novo coronavírus.
Menos diagnósticos, menos saúde
Outro fator que acompanha esse tema é a falta de diagnósticos e exames preventivos no decorrer de suas vidas, e a falta de um tratamento no começo de doenças graves, como o câncer de próstata por exemplo, acabam por deixar os homens menos saudáveis.
O organismo masculino favorece o coronavírus?
O coronavírus invade as células do corpo por meio dos chamados receptores ECA2. Essas estruturas ficam localizadas na superfície das células de diversos órgãos, servindo de porta de entrada para o vírus.
Acontece que estudos conduzidos antes e após o início da pandemia apontam que os homens possuem mais receptores ECA2 nas células do que as mulheres. Mas ainda não está comprovado que essa diferença influencia na severidade da doença.