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Conhecer também é prevenir!

As hepatites virais são doenças infecciosas que afetam o fígado e, quando o diagnóstico demora a ser feito, pode levar a um quadro mais grave como a cirrose e até câncer do fígado. No Brasil, os tipos A, B e C são os mais comuns, e os tipos D e E ocorrem com menos frequência.

Hepatite A

Transmissão – Sua transmissão ocorre por via fecal-oral (contato de fezes com a boca) e na maioria dos casos cura-se sozinha.

Sintomas – Os sintomas, quando se manifestam, surgem de 15 a 50 dias após a infecção e podem incluir febre, fadiga, mal-estar, dores musculares, enjoo e vômito e alterações intestinais como constipação ou diarreia.

Tratamento – Não há um tratamento específico para hepatite A. No entanto, a pessoa precisa tomar o cuidado de não se automedicar com a intenção de aliviar os sintomas, pois o uso de medicamentos desnecessários pode ser tóxico para o fígado e piorar o quadro. A hospitalização é indicada apenas em casos graves, que são raros.

Prevenção

• Vacina
• Lavar as mãos frequentemente
• Higienizar bem os alimentos crus e utensílios de cozinha
• Beber somente água tratada ou filtrada
• Usar instalações sanitárias
• Não brincar em enchentes ou em locais próximos a esgoto

Hepatite B e C

Transmissão – A transmissão ocorre principalmente por meio de contato com sangue ou outros fluidos corporais contaminados. A hepatite do tipo B e C pode se desenvolver silenciosamente por anos e levar à cirrose e ao câncer de fígado.

Sintomas – Não costuma apresentar sintomas na fase inicial, o que dificulta o diagnóstico precoce da infecção. A testagem voluntária é extremamente importante.

Tratamento – O tratamento é realizado com antivirais específicos e está disponível no Sistema Único de Saúde. Para a hepatite B não existe cura, mas o uso dos medicamentos pode retardar a progressão da cirrose, reduzir a incidência de câncer de fígado e melhorar a sobrevida do paciente a longo prazo. No caso da hepatite C, as chances de cura alcançam mais de 95% dos pacientes que realizam o tratamento completo, possibilitando a eliminação total da infecção.

Prevenção

• Vacina (hepatite B)
• Sempre usar preservativo
• Não compartilhar lâminas de barbear, material de manicure e pedicure, instrumentos para piercings e tatuagens, seringas e agulhas de drogas ou qualquer outro objeto pessoal que possa ter tido contato com sangue contaminado.
• Acompanhamento pré-natal para as gestantes

Hepatite D

Transmissão – Infecção causada pelo vírus HDV, associada com a presença do vírus B. É transmitida por contato sexual ou sanguíneo com uma pessoa infectada, ou de mãe para filho na gestação ou parto.

Sintomas – Geralmente, também não apresenta sintomas. Mas quando surgem, podem ser: febre, cansaço, tontura, enjoo, vômito, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Tratamento – Feito com medicamentos oferecidos pelo SUS que, apesar de não resultarem na cura, são capazes de controlar o dano hepático. Todos os pacientes com hepatite D devem ser encaminhados a um serviço especializado. Além do tratamento medicamentoso, é recomendado que a pessoa não consuma bebidas alcoólicas.

Prevenção

• A vacina da hepatite B protege também contra o vírus D
• Usar preservativo
• Não compartilhar objetos que possam ter tido contato com sangue
• Acompanhamento pré-natal para as gestantes

Hepatite E

Transmissão – Transmitida principalmente por via fecal-oral, consumo de água contaminada ou condições sanitárias precárias. Geralmente tem caráter benigno, mas pode ser muito grave em gestantes.

Sintomas – Hepatite aguda de curta duração que dificilmente apresenta sintomas. Quando surgem, eles são febre, fadiga, mal-estar, dores musculares, enjoo e vômitos, constipação ou diarreia.

Tratamento – Assim como o tipo A, não existe um tratamento específico para a hepatite E. O mais importante é não recorrer à automedicação e não consumir bebidas alcoólicas, pois isso poderia agravar a infecção do fígado e levar a um quadro mais grave.

Prevenção

• Manter boas condições de saneamento básico e higiene
• Lavar sempre as mãos
• Cozinhar bem os alimentos e higienizar corretamente os que são consumidos crus

Diagnóstico das hepatites virais

Existem testes rápidos capazes de diagnosticar as hepatites dos tipos B e C, disponíveis nos postos de saúde. Outros exames sorológicos podem ser solicitados como complemento. No geral, as hepatites virais podem ser detectadas através do exame de sangue.

As gestantes precisam fazer o acompanhamento e exames do pré-natal, porque a mãe com hepatite pode transmitir ao bebê na gestação, no parto ou na amamentação. 

É preciso estar atento e tomar as medidas preventivas pois, na maioria das vezes, a hepatite é silenciosa e não apresenta sintomas. A pessoa pode estar infectada e não saber.

Mantenha seus exames em dia e faça o acompanhamento médico regularmente para prevenir as hepatites virais.