Desde bem cedo na vida, a mulher encara muitos desafios com relação à sua saúde, como na puberdade quando ela passa por mudanças físicas e emocionais e aprende a conviver com a menstruação. Já na idade adulta, a mulher lida com questões como a sexualidade, a escolha de ter ou não filhos e quando se torna mãe enfrenta o desafio de conciliar a maternidade com outras mil e uma responsabilidades. Conforme avança em idade, a mulher encara um turbilhão de efeitos causados pelo desequilíbrio hormonal típico do climatério e menopausa.

Diante de tantos desafios, muitas mulheres acabam deixando de cuidar de si mesmas. Então, com o objetivo de alertar as mulheres sobre a importância de cuidar da própria saúde, o Instituto Cisne lança uma campanha especial neste mês de março sobre a saúde feminina.

Há diversas doenças que afetam exclusivamente as mulheres, e a informação e autoconhecimento são as melhores ferramentas no combate. Entre os principais problemas da saúde feminina estão a endometriose, Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), cólica e TPM, infecção e incontinência urinária, mioma, câncer de mama, de ovário e de colo do útero, distúrbios hormonais, corrimento vaginal, ISTs, questões mentais, entre outros.

A maioria desses problemas se manifesta normalmente por alterações físicas ou emocionais na mulher. Então, caso você esteja lidando com menstruação irregular, cólicas muito fortes, alterações de pele e cabelo, dificuldade para engravidar ou desequilíbrio emocional sem motivo aparente, busque avaliação de um ginecologista para diagnóstico correto e tratamento adequado.

No entanto, algumas doenças não costumam apresentar sintomas em estágio inicial, e é por isso que exames preventivos periódicos são tão importantes para a saúde feminina. O Papanicolau, por exemplo, é a melhor estratégia para detectar lesões ou outras alterações no colo do útero e assim possibilitar o diagnóstico precoce de doenças potencialmente graves. A realização periódica desse exame tem contribuído para a redução da mortalidade por câncer de colo do útero no mundo todo.

Para quem é indicado o Papanicolau?

O exame deve ser realizado em mulheres que têm ou já deram início à vida sexual, especialmente as com idade entre 25 e 59 anos. Mulheres grávidas também podem se submeter ao exame sem prejuízo para a sua saúde ou a do bebê.

O intervalo entre o primeiro e segundo exame deve ser de um ano e, se ambos resultados forem normais, os próximos podem ser realizados a cada 3 anos. Tão importante quanto realizar o exame é levar o resultado para o médico avaliar, e, caso haja indicação de algum tratamento, iniciá-lo quanto antes.

Quais as recomendações para quem vai coletar o exame de Papanicolau?

Para garantir um resultado correto, é bom que durante os dois dias anteriores ao exame a mulher não tenha relações sexuais (mesmo com camisinha), evite o uso de duchas, medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais. É importante também que ela não esteja menstruada porque a presença de sangue pode afetar o resultado.

Como o exame é realizado?

O exame preventivo é rápido, simples e indolor, podendo causar apenas um desconforto que diminui se a mulher conseguir relaxar. O médico introduz na vagina da paciente um instrumento chamado espéculo e faz a inspeção visual do interior da vagina e do colo do útero. Em seguida o profissional provoca uma pequena escamação da superfície externa e interna do colo do útero com uma espátula de madeira e uma escovinha. As células colhidas são colocadas numa lâmina para análise em laboratório especializado em citopatologia.

A saúde feminina como prioridade 

A mulher moderna é realmente alguém capaz de cumprir muitas responsabilidades ao mesmo tempo — trabalho, estudo, casa, filhos, etc. Mas algo que deve ser considerado como prioridade, certamente é a saúde feminina. Ao cuidar de si mesma, mantendo um estilo de vida saudável e consultando regularmente o médico para fazer os exames preventivos, a mulher se torna cada vez mais forte e capaz de realizar tudo aquilo que deseja.